As Minas Gerais

 

 

4000 réis, D. Pedro II, Ouro, 1696, Bahia

 

A crise açucareira levou a Coroa portuguesa a intensificar a busca de metais preciosos. Já era certa sua existência nestas terras, evidente nas pepitas que apareciam nos aluviões. Desde 1629 que os bandeirantes, empenhados na captura de índios, surtiam pelas terras interiores também à cata de riquezas, mas só em 1693 foram as jazidas auríferas propriamente descobertas, no território que veio a chamar-se das Minas Gerais. A exploração sistemática do metal deu início à fase mais próspera do Brasil colônia. Logo no ano seguinte, um ato real passou a garantir a posse das minas aos seus descobridores, ensejando com isso verdadeira corrida em busca de novos depósitos. Os garimpeiros ficavam obrigados, no entanto, a entregar à Coroa um quinto do metal extraído.

12800 réis, D. João V, ouro, 1728, Rio de Janeiro

 

A princípio, o ouro em pó circulava livremente como moeda, mas, em 1720, o rei D. João V, achando-se defraudado no recolhimento do imposto, aboliu esse privilégio e decretou que o ouro só podia circular ou ser comerciado em barras. Para tanto, foram criadas casas de fundição, encarregadas da cunhagem das barras e do recolhimento do imposto. Os mineradores recebiam barras correspondentes a 80% do peso, acompanhadas de certificados ou guias, comprovando a posse do metal e o pagamento do imposto. Mais tarde, em 1771, com a descoberta dos diamantes, também a Casa da Administração Geral dos Diamantes, do Arraial do Tejuco, em Serro Frio, Minas Gerais, passou a exercer controle sobre o ouro da região, emitindo letras ou bilhetes resgatáveis, que tiveram curso como papel-moeda provincial. Em 1808, a Capitania de Minas Gerais criou bilhetes de 16, 12, 8, 4, 2 e 1 vinténs de ouro, destinados à troca compulsória pelo ouro em pó cuja circulação fosse flagrada. Houve duas impressões desses bilhetes no Rio de janeiro, e uma terceira que não chegou a circular. Todos esses títulos eram aceitos como moeda corrente nos pagamentos à Fazenda Real.

 

 

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