
A Peça da Coroação
Para comemorar sua ascensão ao trono imperial, cunhou-se a moeda de ouro de 6.400 réis, que ficou conhecida como Peça da Coroação – considerada hoje uma das mais raras e valiosas da numismática brasileira. Os 64 exemplares iniciais, assinados pelo gravador Zeferino Ferrez e fabricados pela Casa da Moeda do Rio de Janeiro, não chegaram a circular, tendo sido a cunhagem suspensa por D. Pedro I, a quem desgostou o fato de nelas aparecer representado de busto nu, à feição dos imperadores romanos; o de figurar a coroa real diamantina (ornada com pedras preciosas ou pérolas justapostas, símbolo do poder real), em vez da imperial (designativa do título); bem assim de ter havido omissão da palavra CONSTITUCIONALIS e do complemento ET PERPETUUS BRASILIAE DEFENSOR, o que podia pressupor um desejo do poder absolutista.
As primeiras moedas a circular com as armas do Brasil independente foram as antigas moedas de cobre, recolhidas e carimbadas com as armas do novo Império. Conhecido como "carimbo da Independência" ou "primitivo carimbo do Império", foi aplicado provisoriamente até a escolha definitiva do cunho que seria adotado. Os valores 80 e 40 réis aparecem encimados pela coroa imperial e ladeados por dois ramos de café.