A História do Cifrão

 

 

Com o correr dos tempos as moedas passaram a ter uma representação gráfica, geralmente constituída de duas partes: a designação abreviada do padrão monetário, que varia em cada país, e o cifrão, símbolo universal do dinheiro. A propósito, conta a mitologia grega que o lendário Heracles (Hércules), para realizar um de seus doze trabalhos, teria necessidade de transpor enorme montanha. Dispondo de pouco tempo para a escalada, resolveu abrir o caminho, rachando a montanha, separando-a em duas. De um lado ficou o monte Gibraltar, e, de outro, o Monte Acho. As duas colunas, assim separadas, passaram a denominar-se as "Colunas de Hércules".

Nos anos 700 da era cristã, incursões muçulmanas levaram ao continente europeu a cultura árabe que, mais tarde, se espalhou pelo mundo, com as conquistas européias, especialmente de portugueses, espanhóis, franceses, ingleses e holandeses.

Táriq, um general árabe, para alcançar a Europa, teria partido da Arábia e passado, sucessivamente, pelo Egito, desertos do Saara e da Líbia, Tunísia, Argélia e Marrocos; cruzando o estreito das Colunas de Hércules e chegado, finalmente, à Espanha. Esse estreito, a partir do século VIII, passou a denominar-se Djebel-el-Táriq e, atualmente, tem o nome de estreito de Gibraltar, palavra que se origina do árabe Djabal. Táriq mandou gravar, em moedas, uma linha sinuosa, em forma de "S", representando o longo e tortuoso caminho percorrido. Cortando essa linha sinuosa mandou colocar, no sentido vertical, duas colunas paralelas, representando as Colunas de Hércules, com o significado de força, poder, perseverança. O símbolo assim gravado nas moedas - $ - passou a ser reconhecido, em todo o mundo, ao longo do tempo, como cifrão, representação gráfica do dinheiro.

Fonte (texto adaptado): Casa da Moeda do Brasil: 290 anos de história, 1694/1894

 


Monumento às Colunas
de Hércules, em Gibraltar

 

Fonte: http://www.moedasdobrasil.com.br/cifrao.asp